Desde pequeno que sonhava um dia tirar o curso de Nadador Salvador, assim
sendo, quando atingi a idade permitida para a realização do curso resolvi
tentar. Sem dúvida alguma, ter sido nadador de competição quando era mais novo,
ajudou-me a concluir o curso com sucesso com relativa facilidade. A
primeira vez que vigiei uma praia, recordo-me de olhar para o mar e para os
banhistas e pensar que me tinha metido numa bela embrulhada, só nesse momento
me apercebi da responsabilidade do cargo que ocupava. Normalmente o primeiro
trabalho dos jovens é num café ou numa loja a lidar com produtos e eu
encontrava-me à beira-mar a lidar com vidas humanas. Felizmente, sempre fui
muito responsável quando assim as situações o obrigam e no trabalho não foi
exceção, tendo então conseguido com a ajuda dos outros Nadadores, o ISN
(Instituto de Socorros a Náufragos) e a Policia Marítima, resolver todas as
situações que surgiram. Os Nadadores Salvadores são fiscalizados constantemente
pela Polícia Marítima e pelo ISN, caso os Nadadores não cumpram os seus
deveres, estão sujeitos a penalizações, sendo a mais comum as multas (por
exemplo no caso de nos afastarmos da nossa área ou não nos encontrarmos
corretamente equipados). Com este trabalho, aprendi também a lidar com as
pessoas, sejam elas colegas de trabalho, as pessoas que estavam a minha
responsabilidade (banhistas) e até mesmo com os patrões e outras entidades. Com
esta entrada no mundo do trabalho, tive também acesso ao meu primeiro ordenado
e à tarefa de gerir o meu dinheiro (apesar de já gerir o dinheiro que os meus
pais me davam, lidar com quantidades maiores é diferente). Sem dúvida alguma,
soube-me bem poder por exemplo comprar alguma coisa, sem ter que pedir dinheiro
aos meus pais.
Concluindo, com a entrada no mundo do
trabalho, dei um passo importante em diversas direções, tais como, a independência,
a responsabilidade de ter que estar em determinado sitio, a determinada hora a
fazer determinada tarefa e também a necessidade de cumprir regras, tudo isto,
aspetos importantes com os quais vou ser confrontado constantemente no futuro.
Alexandre Rego
Todos nós temos um lado um pouco materialista, uns mais do que outros.
Cobiçamos bens materiais como telemóveis, roupas, carros, entre outros, coisas
palpáveis que são capazes de nos dar algum gozo e satisfação
Numa altura da minha vida, senti a necessidade de continuar a adquirir esse
tipo de coisas sem ter de incomodar a conta bancaria dos meus pais. Precisava
de alguma liberdade e de menos peso na consciência. Queria lutar pelas minhas
próprias coisas.
Decidi, então, procurar um trabalho perto das redondezas pois não queria
gastar dinheiro com transportes. Visto que no local onde moro não há muito
comércio, nem serviços e que um jovem inexperiente como eu não arranja
facilmente trabalho em qualquer sítio, a única solução que me restou foi
trabalhar nas obras.
Na verdade não me importei muito com este tipo de trabalho, porque queria
algo fácil de fazer, especialmente ao ar livre e em que não tivesse de pensar
muito.
As tarefas que fazia eram as que me mandavam. Fazia tarefas simples e
maioritariamente de auxílio aos outros trabalhadores que realmente sabiam o que
estavam a fazer: transportava matérias, arrumava coisas, construía pequenas
estruturas, tudo o que fosse preciso. Era um trabalho, mas aos poucos fui
juntando o dinheiro que queria e tudo valei a pena.
Júlio Ferreira
O meu primeiro
trabalho foi à quase quatro anos, num café chamado de Kastrus River Klub
situado em Esposende, junto ao rio Cávado.
Eu andava à procura de um
trabalho de Verão e surgiu a oportunidade. Inicialmente estava com receio de ir
trabalhar, pois nem um café sabia tirar. Os meus primeiros dias foram
horríveis, queria desistir porque não estava habituado a tanta pressão, tanto
do patrão que queria servir os clientes o mais rápido possível e dos clientes
que queriam ser servidos rapidamente. Por vezes esquecia-me de fazer certas
coisas. Com o tempo fui-me habituando e as acções já me saiam naturalmente e
comecei a gostar.
Neste momento, ainda
continuo a trabalhar lá aos fins-de-semana e sou o empregado mais antigo,
apesar de ser o mais novo.
Cláudio Graça
Relação com a Psicologia:
O Homem é um ser social que vive segundo
normas, interage e tem direitos e deveres na sociedade. Assim sendo, é
constantemente questionado sobre a sua conduta e tem o dever de ser responsável
nas suas ações. A maioria dos jovens sonha em conquistar rapidamente a
independência financeira, o primeiro trabalho proporciona uma oportunidade
de isso acontecer. Contudo, com o trabalho surgem para além das
responsabilidades profissionais, responsabilidades relacionadas com a poupança
por exemplo.
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