sexta-feira, 27 de maio de 2016

Primeiro trabalho

 
 
 
 
  Começo por referir, que o meu primeiro trabalho sério, foi como Nadador Salvador.
  Desde pequeno que sonhava um dia tirar o curso de Nadador Salvador, assim sendo, quando atingi a idade permitida para a realização do curso resolvi tentar. Sem dúvida alguma, ter sido nadador de competição quando era mais novo, ajudou-me  a concluir o curso com sucesso com relativa facilidade.   A primeira vez que vigiei uma praia, recordo-me de olhar para o mar e para os banhistas e pensar que me tinha metido numa bela embrulhada, só nesse momento me apercebi da responsabilidade do cargo que ocupava.      Normalmente o primeiro trabalho dos jovens é num café ou numa loja a lidar com produtos e eu encontrava-me à beira-mar a lidar com vidas humanas. Felizmente, sempre fui muito responsável quando assim as situações o obrigam e no trabalho não foi exceção, tendo então conseguido com a ajuda dos outros Nadadores, o ISN (Instituto de Socorros a Náufragos) e a Policia Marítima, resolver todas as situações que surgiram. Os Nadadores Salvadores são fiscalizados constantemente pela Polícia Marítima e pelo ISN, caso os Nadadores não cumpram os seus deveres, estão sujeitos a penalizações, sendo a mais comum as multas (por exemplo no caso de nos afastarmos da nossa área ou não nos encontrarmos corretamente equipados). Com este trabalho, aprendi também a lidar com as pessoas, sejam elas colegas de trabalho, as pessoas que estavam a minha responsabilidade (banhistas) e até mesmo com os patrões e outras entidades. Com esta entrada no mundo do trabalho, tive também acesso ao meu primeiro ordenado e à tarefa de gerir o meu dinheiro (apesar de já gerir o dinheiro que os meus pais me davam, lidar com quantidades maiores é diferente). Sem dúvida alguma, soube-me bem poder por exemplo comprar alguma coisa, sem ter que pedir dinheiro aos meus pais.
  Concluindo, com a entrada no mundo do trabalho, dei um passo importante em diversas direções, tais como, a independência, a responsabilidade de ter que estar em determinado sitio, a determinada hora a fazer determinada tarefa e também a necessidade de cumprir regras, tudo isto, aspetos importantes com os quais vou ser confrontado constantemente no futuro.

                                                                                                   Alexandre Rego



  Todos nós temos um lado um pouco materialista, uns mais do que outros. Cobiçamos bens materiais como telemóveis, roupas, carros, entre outros, coisas palpáveis que são capazes de nos dar algum gozo e satisfação
Numa altura da minha vida, senti a necessidade de continuar a adquirir esse tipo de coisas sem ter de incomodar a conta bancaria dos meus pais. Precisava de alguma liberdade e de menos peso na consciência. Queria lutar pelas minhas próprias coisas.
  Decidi, então, procurar um trabalho perto das redondezas pois não queria gastar dinheiro com transportes. Visto que no local onde moro não há muito comércio, nem serviços e que um jovem inexperiente como eu não arranja facilmente trabalho em qualquer sítio, a única solução que me restou foi trabalhar nas obras.
  Na verdade não me importei muito com este tipo de trabalho, porque queria algo fácil de fazer, especialmente ao ar livre e em que não tivesse de pensar muito.
  As tarefas que fazia eram as que me mandavam. Fazia tarefas simples e maioritariamente de auxílio aos outros trabalhadores que realmente sabiam o que estavam a fazer: transportava matérias, arrumava coisas, construía pequenas estruturas, tudo o que fosse preciso. Era um trabalho, mas aos poucos fui juntando o dinheiro que queria e tudo valei a pena.

                                                                                     Júlio Ferreira


  O meu primeiro trabalho foi à quase quatro anos, num café chamado de Kastrus River Klub situado em Esposende, junto ao rio Cávado.
  Eu andava à procura de um trabalho de Verão e surgiu a oportunidade. Inicialmente estava com receio de ir trabalhar, pois nem um café sabia tirar. Os meus primeiros dias foram horríveis, queria desistir porque não estava habituado a tanta pressão, tanto do patrão que queria servir os clientes o mais rápido possível e dos clientes que queriam ser servidos rapidamente. Por vezes esquecia-me de fazer certas coisas. Com o tempo fui-me habituando e as acções já me saiam naturalmente e comecei a gostar. 
  Neste momento, ainda continuo a trabalhar lá aos fins-de-semana e sou o empregado mais antigo, apesar de ser o mais novo.

Cláudio Graça


Relação com a Psicologia:


O Homem é um ser social que vive segundo normas, interage e tem direitos e deveres na sociedade. Assim sendo, é constantemente questionado sobre a sua conduta e tem o dever de ser responsável nas suas ações. A maioria dos jovens sonha em conquistar rapidamente a independência financeira, o primeiro trabalho proporciona uma  oportunidade de isso acontecer. Contudo, com o trabalho surgem para além das responsabilidades profissionais, responsabilidades relacionadas com a poupança por exemplo.









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