O meu primeiro ferimento sério, foi quando parti o pulso. Penso
que tinha cerca de 7 ou 8 anos e foram momentos de grande aflição.
Tudo começou, quando no início do Verão fui
com o ATL á praia. Como estava frio, não fomos para a areia e fomos para um
parque perto da praia. Estava a brincar com os meus amigos nas argolas e quando
estava pendurado, uma colega tocou-me sem querer e eu cai em cima do braço.
Quando me ia a tentar levantar e olho para o pulso, estava partido e pior que
isso para uma criança, foi estar também deslocado, não sei sequer como não desmaiei
só de ver o pulso naquele estado, mas fiquei-me só pelo choro. Recordo-me de
pensar que ia morrer quando ia na ambulância, e também de quando os meus pais
chegaram ao hospital porque, como é obvio, estava aterrorizado. Foi no hospital
para onde fui, que senti a dor mais forte até hoje, quando me tentaram colocar
o pulso no sitio sem anestesia e o pior foi que tive de ser operado na mesma
porque não ficou no sitio, nem é bom pensar nisso. Depois de ser operado e
colocado o gesso, fui para casa onde passei o verão mais longo da minha vida,
sendo que não podia brincar á maioria das coisas nem ir à praia, coisa que no
verão para uma criança é quase tortura. Contudo, se analisarmos, em 19 anos um
pulso partido e de resto só ferimentos ligeiros, penso que não está mau.
Alexandre Rego
Provavelmente não me lembro da primeira vez
que me magoei com mais gravidade, mas nunca me esquecerei de um dos primeiros
ferimentos.
Tinha eu uns 6 anos de idade enquanto
brincava com a minha irmã na cama dos meus pais, atirando almofadas, atirando
peluches e lutando como todos os irmãos fazem. Num momento, em que eu fui
apanhar uma almofada do chão a minha irmã empurrou me e eu bati com a cabeça na
mesa-de-cabeceira, e abri um pequeno golpe na cabeça.
Na altura chorei tanto parecia-me algo grave,
e como não tinha noção de que tinha sido sem querer fiquei muito chateado com a
minha irmã, e lembro-me que durantes uns tempos nem lhe falei.
Acabei por ter de levar 4 pontos, mas na
altura, na minha cabeça parecia tudo muito mais grave devido a ingenuidade que
ainda tinha por ser tão novo.
Júlio Ferreira
O meu primeiro ferimento foi à cerca de sete
anos, quando rasguei a minha perna esquerda, mais precisamente no gémeo. Estava
a andar de bicicleta com o meu irmão quando o pedal da bicicleta soltou-se e eu
ao pedalar abri o gémeo no sítio onde se encaixa o pedal. Fui para o hospital e
levei oito pontos.
Depois
de tudo tive algum tempo sem andar de bicicleta, até que consegui ultrapassar e
sempre ia andar de bicicleta, antes via se o pedal estava sempre bem preso.
Cláudio Graça
Relação com a Psicologia:
Inicialmente, é importante evidenciar que o
mesmo trauma nas crianças e nos adultos tem implicações diferentes. Dá-se
especial atenção aos traumas durante o desenvolvimento da criança. As crianças
e jovens mais novos tem tendência para exagerar daí ficarem traumatizadas mais
facilmente. Os traumas podem depois gerar múltiplos problemas merecedores de
acompanhamento profissional.
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