Psicologia do Desenvolvimento
terça-feira, 31 de maio de 2016
sexta-feira, 27 de maio de 2016
Relação com os pais
Os Pais são sem sombra de dúvida duas pessoas que nos marcam certamente, sendo que afinal, sem eles
não existiríamos.
Desde sempre os meus pais estiveram presentes
na minha vida, aprendi e continuo a aprender muito com eles. Tivemos muitas
discussões, mas qual é a família que não as tem!? Grande parte das discussões
são entre mim e a minha mãe, a meu entender porque ambos temos personalidades
fortes e por vezes dá “faísca”, se bem que o facto de ela ser muito teimosa por
vezes também tem influência, mas enfim. Já com o meu pai raramente à discussão. O que é certo, é que sempre que precisei deles, eles estavam presentes. Sempre
trabalharam muito, para que não me faltasse nada a mim e à minha irmã. Desde
sempre confiaram em mim, também porque nunca lhes dei razão para não confiarem
e, assim sendo, tudo se torna mais fácil. São bastante compreensivos e sempre
me apoiaram nas minhas decisões. É certo que quando foi preciso dizer que
“não”, também o disseram e hoje estou grato por isso. Penso que posso
classificar a nossa relação como boa e eficiente e espero tê-los a meu lado
durante muitos anos, porque independentemente da minha idade, tudo se torna
mais fácil quando estão por perto.
Alexandre Rego
Na minha opinião a minha relação com os meus desde sempre
foi uma relação muito tranquila. Mas apenas era tranquila porque eu com mais ou
menos dificuldade ia superando as exigências deles, tais como tirar boas
classificações na escola, ser uma pessoa educada e trabalhadora.
Claro que nem sempre é assim, por vezes eu revoltava-me com as
ordens deles e lá deva aso a uma discussão. No fundo sabia que eles estavam a
tentar fazer o melhor para mim e para o meu futuro, mas com qualquer
criança/adolescente não pensava no futuro, e apenas preferia fazer o que me
desse mais satisfação a curto prazo.
Concluindo, olho para trás e penso que por vezes não interpretei
os concelhos dos meus pais da maneira correta, mas também é compreensível visto
que não tinha maturidade suficiente para perceber certas coisas.
Júlio Ferreira
Sempre
tive muito boa relação com os meus pais, apesar de todas as discussões que
temos, mas sei que só as temos porque querem o melhor para mim e muitas vezes
eu não vejo isso.
O
meu pai é mais calmo e por isso é mais fácil falar com ele e contar-lhe certas
coisas, quanto à minha mãe, tem uma personalidade muito semelhante à minha e
por isso chocamos um bocado. Apesar disso, sei que sempre estarão quando eu
precisar e são a minha base de apoio para tudo o que acontecer.
Por
isso, tenho uma relação bastante comunicativa e gosto dos momentos em família.
Cláudio Graça
Relação com a Psicologia:
Para muitos, uma questão de autoridade. Para
outros, uma questão de amizade. Os conflitos na relação entre pais e filhos
ultrapassam gerações e são, desde sempre, motivo de debates e reflexões entre
pessoas de todas as idades. A convivência entre adultos e a crianças traz à
superfície uma série de problemática que procuram solucionar os problemas na
hora de educar, impor limites e ao mesmo tempo, transformar tudo isso em uma
relação de confiança e cumplicidade.
A maioria dos conflitos tem origem na
dificuldade de comunicação dentro de casa. Os filhos acham que pais só querem
proibir. Já os pais acham que os filhos só querem permissão. Segundo a
psicóloga Natália Cunha, do Centro de Psicologia Aplicada (CPA) este ´´ruído``
na comunicação traduz-se tanto pela dificuldade dos pais em afirmar autoridade
em certas ocasiões, quanto dos filhos em manifestar aquilo que sentem falta e
esperam receber.
Sucesso desportivo
Evidentemente, nas fases de sucesso, lembro-me que foram períodos
de grande emoção. Nestas fases, treinava com mais vontade e alegria quer fosse
por estar perto de conseguir um objetivo (1º lugar no campeonato distrital de
futebol por exemplo), quer fosse por me sentir em condições físicas e
psicológicas ideais para disputar por exemplo uma prova de natação. Quando
ganhava, afloravam sentimentos como o orgulho, a alegria, a euforia, a sensação
de ter cumprido um objetivo, entre muitos outros.
Porém, nas épocas menos conseguidas, apesar de emergirem
sentimentos como a desilusão, a tristeza, a vontade de desistir, até mesmo a
raiva em algumas situações mais pontuais, tudo isto era passageiro. Ainda
assim, destas épocas menos conseguidas, muitas coisas boas ficaram, tais como:
as amizades, a experiência, aprendi a deixar de cometer erros que cometia, já
para não falar de outras componentes como a saúde física e emocional e a
socialização. A meu ver, passar por este tipo de fases é importante, uma vez
que aprendemos a lidar com sentimentos que no futuro vamos encontrar, as
desilusões são um bom exemplo disso.
Alexandre Rego
Desde que me recordo, a minha infância sempre foi passada a andar
de bicicleta na rua. Com cerca de 12anos no natal recebi uma bicicleta melhor,
e então resolvi inscrever me no BTT do desporto escolar na minha escola. Depois
de ter começado a treinar mais em específico para as provas, chega a primeira
prova do regional de btt do desporto escolar. Não tinha espectativas nenhumas
pois era a primeira prova e na realidade a minha bicicleta não era nada boa
comparada param as dos adversários.
Ainda hoje não sei como mas acabei por ganhar essa prova, e
esse momento fez me começar a treinar todos os dias. Acabei por ganhar seis das
oito provas e fui campeão nacional de desporto escolar. Mas eu não fazia ideia
de que o mais importante estava para vir.
Depois de me ter sagrado campeão nacional de desporto escolar, fui
chamado para uma equipa federada, mas antes de me poder inscrever la tinha de
comprar uma bicicleta muito muito melhor. Com muito esforço dos meus pais e com
alguma ajuda da equipa la consegui ter uma bicicleta que me poderia ajudar a
ter muito mais rendimento.
Houve algum tempo em que não me habituei a provas nacionais e que
por isso ficava sempre no meio da tabela, mas quando subi ao escalou de cadetes
já possuía bastante experiencia nas provas e os resultados começaram a
aparecer. Mas , o azar bate a porta, durante um treino fui atropelado, fiquei
muito mal tratado, mas na altura só me preocupei com a minha bicicleta que
ficou desfeita, isto aconteceu quando os resultavas estavam a ser melhores do
que nunca, esta em segundo na taça de Portugal a pouco pontos do primeiro, mas
agora não tinha bicicleta.
Depois de o meu treinador ter falado com os meus pais, acordaram
em que os meus pais iam pagar metade e a equipa outra metade de uma nova
bicicleta para mim. Mais do que nunca precisava de mostrar resultados para
justificar essa compra, uma compra de 6500 euros. Treinei treinei treinei e
acabei por ganhar todas as provas ate ao final da temporada e fui campeão
nacional.
Nava etapa, fui chamado a seleção nacional, a partir dai o
resultados foram muitos melhores, fui 3 vezes consecutivas campeão nacional, e
fiquei por uma vez no top 5 do campeonato europeu, juntando a isso um total de
prémios de cerca de 9000 euros.
Júlio Ferreira
A
nível individual o meu maior sucesso desportivo foi a mudança de clube do CF
Fão para o Varzim SC que é um grande clube em termos de formação, onde saíram
jogadores como Luís Neto, Bruno Alves, Hélder Postiga, Yazalde, Salvador Agra,
André André, entre muitos outros. Esta mudança significou para mim uma maior
responsabilidade e um maior empenho no futebol e trouxe imensas aprendizagens,
tanto dentro de campo no jogo, como na postura e na relação no balneário.
Tudo isto foi possível devido ao meu trabalho realizado até à altura, e tudo conseguimos quando estamos focados no nosso objetivo.
Cláudio
Graça
Viagem marcante
A viagem que mais me marcou até hoje, foi uma viagem relativamente
curta, uma vez que foi mesmo no meu grande pequeno pais.
Apesar de já ter ido a sítios bastante
conhecidos noutros países, penso que a viagem que mais me marcou, foi umas mini
férias no Gerês. Primeiro porque foi a primeira vez que estive fora de casa
tanto tempo sem os meus pais o que só por si já torna tudo diferente. Depois,
porque estive com as pessoas que mais adoro depois da família, os meus amigos.
Independentemente do sítio onde estejamos, com eles não há momentos mortos e
reina sempre a diversão. Se juntar isto, ás lindas paisagens e inigualáveis
lagoas, não é preciso dizer muito mais. Por fim, conheci ainda muita gente nove
e fiz algumas amizades. Que mais podia pedir!? Espero apenas poder repetir
brevemente.
Alexandre Rego
A viagem que mais me marcou em toda a minha
vida foi sem dúvida a viagem que tive de fazer pra participar pela primeira vez
no campeonato europeu de btt em França. Para mim foi um sonho tornado
realidade, poder competir com os melhores atletas do mundo e puder conviver com
eles.
Nos dias que antecederam a viagem sentia-me
muito ansioso, sentia algo que quase nem me deixava dormir. No dia da vigem
estava em êxtase, não conseguia pensar em mais nada. Na chegada ao aeroporto,
apesar de não ser a primeira vez que andava de avião, sentia me mesmo nervoso.
Penso que era mais pela importância da viagem do que pelo avião.
Quando cheguei a França e ao hotel onde todas
as seleções estavam instaladas, foi um sonho tornado realidade estar ali com
alguns dos meus maiores ídolos. Apesar da prova não ter corrido como queria,
puder representar o meu país no estrangeiro foi um momento inigualável.
Olhando para trás vejo que foi sem dúvida a
viagem mais importante e mais inesquecível que já fiz, e não tenho a mínima
duvida que irei sempre recordar-me dela.
Júlio Ferreira
A
viagem que me ficou mais marcada na vida até agora foi a que fiz no Inverno deste
ano. Fui a Grenoble, que fica em França, com o meu irmão e com o meu pai e
ficamos a dormir em casa dos meus tios.
Tivemos
bons momentos em família, como os jantares, as noitadas com o meu primo, os
jogos que fazíamos durante o dia, etc. Mas o que me mais marcou nesta viagem foi
quando vi a neve. Tinha uma imagem completamente diferente daquilo que a neve
realmente é. Também gostei muito de fazer ski e snowboard que inicialmente era
muito complicado de me aguentar em pé.
Cláudio
Graça
Relação com a Psicologia:
Hoje em dia poucos refletem
sobre a importância do ato de viajar e de aprender novos idiomas, associado ao
aumento da auto-estima e aos níveis elevados de produtividade no contexto de
trabalho.
Viajar é algo que nos pode proporcionar o mais variado leque
de vivências. Viajando conhecemos novos locais, novas culturas, novas
sociedades, ficamos mais ricos culturalmente. Há imenso por ver e
descobrir no mundo e mesmo que passemos uma vida a viajar não temos hipótese de
estar em metade desses locais talvez.
As viagens enriquecem-nos a nível pessoal, vemos o nosso mundo das
diferentes perspectivas, e isso contribui para que possamos dizer que
conhecemos e vimos aquilo que o nosso mundo tem para nos oferecer.
Melhor brinquedo
Lembro-me de levá-lo para todo o lado tal
como hoje levo a carteira. Via o brinquedo como uma companhia e fingia
realmente que ele interagia comigo. Era uma espécie de amigo com a qual nunca
me chateava, uma vez que o urso “tinha “ sempre a mesma opinião que eu. Tratava
o urso como se fosse real e pelos vistos tratava bem porque ainda durou uns
bons anos. Com o passar dos anos fui crescendo e tive novos brinquedos
apropriados à minha idade que iam pouco a pouco diminuindo o meu interesse pelo
urso, até que um dia deixei de brincar com ele. Contudo, só o facto de ainda
hoje me lembrar do urso e não me lembrar da maioria dos outros brinquedos,
prova que o urso teve de facto um “papel” na minha infância.
Alexandre Rego
De entre todos os brinquedos que já tive, há um que destaco sem o
menor do problemas, é a minha bicicleta!!!! Como refiro num dos outros textos,
devido ao trabalho árduo da minha parte e também a alguma sorte tive sucesso no
desporto. Este sucesso só se tornou possível devido à minha enorme paixão pelas
bicicletas.
Posto isto, o brinquedo que mais gostei em toda a minha infância
foi a minha primeira bicicleta, porque foi ela que me fez apaixonar pelo btt.
Recebi a minha primeira bicicleta quando tinha 6 anos e desde logo passei a
usá-la diariamente, era minha melhor amiga, apesar de me mandar ao chão muitas
vezes.
Ao longo dos anos fui tendo outras bicicletas, mas a primeira
bicicleta foi a única que eu ainda guardo. Sem ela a minha vida não tinha sido
igual, por isso devo-lhe muito. Foi este sem
dúvida o meu melhor brinquedo de infância.
Júlio Ferreira
O
brinquedo favorito na minha infância era uma bola pequena de futebol.
Desde
pequeno que gosto de futebol e por isso passava muitas horas a jogar com aquela
bola. Tudo isto, devido ao meu pai que sempre me incentivou para a prática
deste desporto e passei com eles muitas horas a jogar, pois ele também jogou
futebol.
A
bola andava sempre comigo, porque como era de tamanho pequeno, era fácil de
transportar quer seja na mão quer seja na mochila.
Cláudio Graça
Relação com a Psicologia:
Nós, como todos os outros, temos brinquedos
dos quais temos as nossas melhores memórias. Estes brinquedos são muito
importantes para a que a criança possa desenvolver a sua parte cognitiva,
propondo um mundo imaginário, fazendo com que a mesma os incorpore,
reproduzindo não apenas objetos, mas uma totalidade social, pois o brinquedo é
a forma de fotografar a realidade. Ele supõe uma relação íntima com a criança,
permitindo de várias formas, desde a manipulação até a realização de
brincadeiras, estimulando a representação do que vê.
Hoje em dia, a infância é enriquecida,
contando com o auxílio de conceções psicológicas e pedagógicas, que reconhecem
o papel e a importância dos brinquedos e jogos no desenvolvimento e na
construção do conhecimento infantil.
"Quando brinca, a criança assimila o
mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois a sua interação com
o objeto não depende da natureza do objeto, mas da função que a criança lhe
atribui."(Piaget, 1971)
Entrada para a faculdade
Quando
cheguei à faculdade, para além das habituais sensações e sentimentos que
sentimos quando estamos num sítio que não nos é familiar e conhecido, o que
mais me custou foi a falta dos meus amigos, sendo que não conhecia nenhum dos
meus novos colegas de faculdade e assim sendo nos primeiros dias, andava
sobretudo sozinho. Contudo, com o passar dos dias, fiz novas amizades e
depressa essa questão ficou resolvida. Outro aspeto em que reparei, foi que a
relação entre estudantes e professores era bastante diferente ao que eu estava
habituado, ou seja, os professores que andavam sempre em cima de nós, a controlar
quem estava atento e quem tirava apontamentos nas escolas por onde tinha
passado, deixaram de existir na faculdade, agora desde que os estudantes não
perturbem a aula, a maioria dos professores não se interessa se está atento ou
não, tendo assim os estudantes a responsabilidade de estar atentos. Por último,
outro aspeto a que tive que me adaptar, foi o facto de na faculdade os
estudantes é que tem que procurar a matéria, embora a maior parte dos
professores disponibilizarem algumas temáticas mais importantes, na maioria dos
casos os estudantes tem que completar o estudo com textos de apoio e outros
meios.
Alexandre Rego
Quando entrei nesta nova vida pensei que não me ia adaptar muito
bem, tinha medo de ter tanta responsabilidade, e principalmente tinha um pouco
de receio de ter o meu futuro nas mãos. Estava habituado à vida pacata do
secundário, onde estava sempre perto de casa, agora tinha de habituar a uma
grande cidade, aos transportes públicos, enfim, tinha de me adaptar a um novo
mundo.
Mas eu surpreendi-me a mim próprio, desde que entrei nesta enorme
faculdade consegui-me adaptar muito bem a esta nova vida cheia de autonomia,
responsabilidade, liberdade, tive de aprender a gerir a minha vida de uma
maneira diferente porque sei que é aqui que tenho a possibilidade de construir
o meu futuro. Criei grandes amizades e denoto que há uma melhoria em termos de
confiança e na relação que tenho com outros, estou cada vez mais a gostar do
curso e tenho agora a certeza que esta foi a melhor decisão que tomei.
A entrada para faculdade foi sem dúvida um enorme marco na minha
vida, fez-me ter um olhar sobre o mundo e sobre as minhas capacidades que nunca
tinha tido.
Júlio Ferreira
A cada dia de passava para o
começo das aulas na faculdade, eu sentia-me cada vez mais nervoso. Ia para uma
cidade nova, muito maior e com muitas mais pessoas, ia viver “sozinho” (sem os
meus pais), conhecer novas pessoas e não sabia como funcionava as aulas na
faculdade apesar de tudo o que me contavam.
Apesar disto tudo, temos que
encarar as coisas e aceitar as mudanças para o bem do nosso futuro e com o
tempo as coisas vão melhorando.
Cláudio Graça
Relação com a Psicologia:
A grande problemática relacionada com este tema é a mudança.
Mudar nem
sempre é fácil, assim sendo, muitas pessoas preferem continuar confortáveis no
lugar onde se encontram por terem medo de mudar. Para se iniciar novas etapas é
necessário ultrapassar fronteiras emocionais e afetivas. Muitas vezes o
sujeito quer mudar, todavia sente-se preso ao passado e quando inicia o
processo de transformação sente dificuldades em se adaptar. Esta dificuldade de
adaptação pode ser momentânea ou pode-se prolongar dependendo de cada um.
Entrada para o 5º ano
A passagem da escola primária para o ensino básico incorpora um
conjunto de mudanças significativas e por isso acho que é uma temática
relevante para ser analisada.
Começo por referir que no meu caso, esta mudança foi bastante
atenuada pelo facto de a minha turma no 5º ano, ser praticamente a mesma da
escola primária com a exceção de dois ou três colegas novos. Ainda assim, um
dos aspetos mais relevantes proveniente desta mudança de escolas, foi o facto
de a nova ter muitas mais crianças e jovens, sendo que tinha alunos desde o 5º
ao 12º ano, perdendo portanto aquela “confidencialidade” e ambiente acolhedor
que a escola primária me proporcionou pelo facto de sermos poucos e com poucos
anos de diferença de idades. Outro aspeto com que me deparei, foi o facto de
termos vários professores, uma vez que, na escola primária era apenas um (uma
no meu caso) para todas as disciplinas e assim sendo, como seria de esperar, a
professora conhecia bem todos os elementos da turma, sabendo as nossas
dificuldades, os nossos pontos fortes e mais importante, sabia como tinha que
lidar com cada um de forma a conseguir o melhor de cada um, coisa que na nova
escola não acontecia, uma vez que passávamos muito menos tempo com cada
professor. Ainda assim, adaptei-me bem às novas condições e obstáculos e posso
dizer que foram anos de sucesso escolar e que passei muitos bons momentos na
nova escola.
Alexandre Rego
A passagem do 4º para o 5º ano não é apenas
uma mudança de ciclo. Tudo muda: a rotina, os amigos, a quantidade de trabalhos
e até as responsabilidades. É uma grande mudança na vida de uma criança que
deixa um ambiente mais protegido e passa a viver um dia-a-dia com mais
autonomia e obrigações. Funciona quase como um aviso para os pais de que o
“bebé” está a crescer.
A maioria das crianças tem reações extremas a este tipo de
mudanças. Uns ficam tão ansiosos e animados que nem conseguem dormir na noite
anterior, outros ficam tão aterrorizados com a nova escola que choram imenso
para que as mães não os levem ao primeiro dia de aulas.
Eu senti-me um pouco dividido pelos dois cenários. Por um lado
estava muito animado por ir para uma escola diferente do habitual, com uma
cantina onde teria de almoçar com as outras, com um pavilhão de educação física
onde iria praticar imensos desportos, por fazer novos amigos e principalmente
por ser algo novo, algo que mudaria completamente o meu dia-a-dia. Por outro
lado senti-me receoso e até intimidado com o tamanho da escola, pois a minha
maior preocupação era perder-me nos corredores à procura das salas e levar
faltas por atraso. Todo o sistema funcionaria de um modo diferente, teria de
cumprir os horários e se não fizesse os TPC’s a professora iria mandar um
recado para casa, algo que era completamente novo para mim e me deixava com
algum medo. Era uma mistura de sensações que me deixavam impaciente, sem saber
o que esperar.
No entanto, quando finalmente chegou o dia, tudo parecia muito
simples. Os professores acompanharam-nos em tudo, deram-nos todos os conselhos
e orientações possíveis e a escola não era assim tão grande para que me pudesse
perder. Ao fim de uma semana parecia já terem passado dois meses pois vivi
várias aventuras e descobri um novo mundo de uma só vez. Apesar de ter sofrido
um pouco por ansiedade, adaptei-me facilmente a este novo grau de exigência e
tudo foi mais fácil do que parecia.
Júlio Ferreira
A mudança do 4º ano para o
5º ano implica um grande conjunto de mudanças que nos podem afetar a nível psicológico.
No primeiro dia de aulas no
meu 5º ano, eu estava muito nervoso e ansioso porque não conhecia quase ninguém
da minha turma, ia para uma nova escola e ia ter professores novos (um para
cada disciplina). Ocorreu uma mudança bruta a todos os níveis.
Eu estava habituado a ter os
mesmos colegas e o mesmo professor desde o 1º ano de escolaridade mas com o
tempo fui conhecendo os meus novos colegas e a adaptação até foi rápida, graças
um pouco à minha mãe que trabalhava na escola e ia-me apresentando as pessoas.
Apesar disto tudo, fiz grandes amizades tanto com os meus colegas, fiz amigos para a vida, como a nível dos professores, que estão sempre disponíveis para me ajudar.
Cláudio
Graça
Relação com a Psicologia:
Ao longo da vida somos sujeitos a
diversas transições que podem ter um período de adaptação mais ou menos longo,
dependendo da capacidade de adaptação de cada um. Fatores como o tipo de
transição, a personalidade e competências da pessoa em questão tem também
influência no tempo necessário para a adaptação. Depois, existem várias
transições que merecem particular atenção porque acarretam normalmente
problemas. Contudo, não nos devemos centrar em evitar a mudança ou a transição
mas sim evitar os impactos negativos que a mudança pode acarretar, promovendo
uma adaptação saudável.
Subscrever:
Mensagens (Atom)